Na tarde de ontem, segunda-feira, 17 de novembro, os representantes sindicais estiveram reunidos em Brasília com a deputada federal Érika Kokay (PT-DF) para debater o andamento das negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) da Postal Saúde.
O encontro teve como foco a preocupação do sindicato com a postura da empresa nas propostas de reajuste salarial para os trabalhadores, especialmente após os acontecimentos do ano passado.
Histórico de Prejuízos Salariais
O sindicato reforça que esta não é a primeira vez que os trabalhadores da Postal Saúde são penalizados em suas negociações:
2025 (ACT vigente): A empresa concedeu um reajuste salarial abaixo da inflação acumulada no período, resultando em perdas no poder de compra dos empregados.
2026 (ACT em negociações): A primeira contraproposta apresentada pela Postal Saúde segue o mesmo caminho, propondo novamente um reajuste abaixo do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
𝗣𝗲𝗱𝗶𝗱𝗼 𝗱𝗲 𝗝𝘂𝘀𝘁𝗶𝗰̧𝗮 𝗲 𝗣𝗮𝗿𝗮𝗹𝗲𝗹𝗼 𝗰𝗼𝗺 𝗼𝘀 𝗖𝗼𝗿𝗿𝗲𝗶𝗼𝘀
O sindicato classifica essa conduta como inaceitável, especialmente por se repetir em dois anos consecutivos. A entidade clama por justiça para os trabalhadores, argumentando que a manutenção dessa política significa confiscar parte do salário dos empregados, enquanto a maioria das empresas do mercado tem concedido, no mínimo, a reposição integral da inflação, e muitas até mesmo aumento real.
“Ficar por dois anos consecutivos com parte do salário dos trabalhadores defasado, quando a maioria das empresas concedeu a inflação e aumento real, é um absurdo”, afirma a representação sindical.
É importante frisar que, no ano passado, os Correios, principal patrocinador do plano de saúde, conseguiram conceder um reajuste salarial que superou a inflação acumulada do período aos seus próprios trabalhadores, mesmo enfrentando dificuldades financeiras.
O objetivo da reunião com a deputada Érika Kokay foi buscar apoio político e discutir formas de intervenção para garantir que a Postal Saúde apresente uma proposta justa e que reponha, no mínimo, a inflação aos seus trabalhadores, evitando novas perdas salariais.
